Esse dilema, que pode aparecer subitamente na vida de qualquer um é o tema do filme “Verônica”, que estreia esta semana em todo o Brasil. Em São Paulo, não são poucos os heróis anônimos da vida real.
O surfista Tony Villella, que no ano passado desafiou ondas violentas para salvar quatro pessoas no mar do Guarujá, é um deles. Os surfistas se salvaram, mas Villela morreu. “Não é qualquer pessoa que faz isso, principalmente, por pessoas que não conhecem, né?”, disse Gisele Dutram irmã da vítima.
“Por pessoas que você conhece, que você ama, você faz qualquer coisa. Eu, se fosse o meu irmão lá, e eu estivesse aqui, eu teria entrado. Agora, por pessoas que eu não conheço, não. E ele faria por qualquer pessoa”, completou a moça.
Pulando na água
Outro gesto de heroísmo aconteceu no Rio Pinheiros, também em São Paulo, há pouco mais de dois anos. O analista de sistemas Adriano Levandoski caminhava por uma ponte quando uma mulher se jogou nas águas imundas, abraçada ao filho, rafael, que tinha três anos. “Na hora que eu olhei pra baixo tinha uma cabecinha pequena, cabecinha de uma criança”, lembrou ele.
Ele contou que outras pessoas se recusaram a ajudar. “Pararam uns curiosos e veio um motoqueiro. Pedi para ele me levar até as margens, ele não quis. Aí parou outro motoqueiro. Pedi pra ele me levar até as margens, ele também não quis, né? Aí o primeiro que parou deixou a chave no contato”.
Levandoski, então, tomou a decisão radical. “Foi quando eu peguei a moto, fui na contramão, entrei na alça da Marginal (Pinheiros), parei e pulei. Na hora em que eu vi, já tava com o Rafael nos meus braços”.
Violência e história de amor
No filme, a personagem de Verônica, vivida pela atriz Andréa Beltrão, é a professora que tenta salva a vida de um aluno. A mulher vê sua vida mudar por causa do menino Leandro.
Na trama, traficantes e policiais corruptos acreditam que o garoto carrega um segredo capaz de desarmar um esquema poderoso. Verônica protege o menino, enquanto tenta encontrar alguém de confiança para pedir ajuda.
“Você não pode deixar uma pessoa ser morta, assim, sem fazer nada. Você não pode deixar uma pessoa largada a um destino trágico, sem agir, sem tentar proteger essa pessoa, né?”, disse o diretor Mauricio Farias.
Para ele, o tráfico e a violência servem de pano de fundo para uma história de amor entre Verônica e Leandro. “A vida está cheia de pequenos heróis anônimos”, comentou Andréa Beltrão.
Um comentário:
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